Mi querida Santiago!

Hoje eu tive um tempo e vou finalizar isso aqui.


Pois então, Santiago.
Uma grande cidade, bem urbanizada, confortável, QUENTE e com muito o que fazer seja de dia ou de noite. É isso aí, a Sulamérica não é só índio e mato.

Foi uma semana cheia de caminhadas e andanças de metrô. Deu pra conhecer legal a cidade toda, Cerro Santa Lucia, Cerro San Cristobal, Bairro Brasil, Centro, etc, etc.
O destaque da semana foi, sem dúvida, nossa viagem pra Viña del Mar, mas especificamente a Praia de Reñaca. Tipo uma Búzios beeem mais irada.

A gente fez umas nights maneiras lá, mas eu não lembro mais nome de nada. É difícil escrever assim tanto tempo depois. Fato é que foi uma das melhores semanas da viagem, é uma cidade pra todos os gostos, pra quem curte o dia, pros que são mais da noite e até pra quem não gosta de nada, não tem como não adorar esse lugar. A cidade puxa pra um estilo europeu no jeito da galera se vestir e na arquitetura e urbanização, principalmente.

É isso. Como tá dando pra perceber eu to de saco cheio e to querendo encerrar isso aqui já.
O Chile é show.

Acabamos por aqui,
Até a próxima viagem.

André de Virgiliis

Viva o Chile!

Opa,

Depois de uma experiência incrível no Chile, que não nos deixou sequer tempo de passar por aqui, estamos de volta ao Brasil. Eu vim para Sorocaba - SP passar um tempo com meus primos, o Guilherme já está no rio. Agora eu vou tentar resumir um pouco como foi esse tempo no Chile, a riqueza de detalhes não vai ser tão grande, mas espero que dê pra ter uma idéia.

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Após o último post assistimos ao nosso primeiro por do sol no deserto - a cidade de Arica é como um oásis no deserto, como grande parte das cidades do centro-norte do Chile -, muito lindo. Pegamos nossas coisas e fomos pegar nosso busão para Calama. Não há muito o que ver por lá, logo que chegamos compramos nossa passagem para San Pedro e em uma hora já estávamos dentro do ônibus. Chegando em San Pedro logo conhecemos dois paulistas que se tornariam parceirassos nossos até o fim da viagem, Nasi e Guilherme ( que vamos chamar de Gui para não confundir com nosso Guilherme ). Juntos, demos uma volta pela cidade - que não é o que se pode se chamar de uma grande cidade - procurando um hostel, acabamos optando pelo mais barato, novidade. Nessa mesma tarde compramos um passeio pelo deserto do atacama, dessa vez era deserto mesmo, sem cidadezinha, sem casinha, sem nada.

O passeio percorreu o Vale da Morte, entre outras atrações do deserto como esculturas em pedra feitas pela erosão e antigos poços de sal. E foi, inclusive, esses poços de sal que Guilherme, Nasi e eu nos perdemos do nosso grupo e ficamos uns bons 20 min perdidos no deserto sem ver uma alma. Até aí o passeio tava bem chato, mas o melhor estava guardado para o final. Quando a hora do por do sol se aproximou ( o sol se punha lá por volta das 20h, em Santiago, por volta das 21h ) subimos uma trilha que nos levava ao alto de um dos maiores picos da região, e em poucos pinutos o sol começou a cair por trás de uma duna gigante. Foda. Depois disso a gente voltou à San Pedro, fizemos nosso jantar e dormimos. No dia seguinte sairíamos para um dos highlights da viagem, como diria o Gui. O famoso Salar de Uyuni.

Bem cedo já estávamos dentro do ônibus que nos levou até a fronteira do Chile com a Bolívia. Mais uma vez tivemos que passar por controle de fronteira, malas revistadas, etc. Logo que passamos da fronteira trocamos o ônibus por um Toyota Land Cruiser 4x4, aí começou a ficar interessante. É foi, também, nesse momento que encontramos pela primeira vez nosso princípe, o mito, o maior manejador de câmbio da bolívia. O grande e único Franklin, um cara figurassa que gostava de falar com a boca fechada e dormir no volante, estávamos bem com nosso motorista.
Nosso grupo era todo de brasileiros, a trupi era composta por Guilherme, Gui, Marcos, Salvador, Fernando e eu ( o Nasi tava com a grana curta e a essa hora já estava em Santiago ). A partir daí não há estrada, só areia e pedra pra todo lado. Confiávamos no senso de direção do nosso príncipe Franklin. Nos primeiros dias dessa viagem de 4 dias e 3 noites conhecemos muito do Deserto eo Atacama e do Deserto de Siloli, as lagunas coloridas impressionaram muito. São lagunas brancas, verdes e até vermelhas devido a composição química das rochas no fundo e como se a cor já não fosse suficiente, milhares de flamingos fazem o visual ainda mais absurdo. Além dessas lagunas vimos Gêiseres em atividade, que fediam demais e piscinas de águas termais onde todos mergulharam. Cada minuto da viagem foi contemplado com paisagens inacreditaveis, que só um deserto pode proporcinar. O mais estranho é que o sol não dava trégua um segundo, mas só se podia sair do carro beeem agasalhado porque batia um vento gelado absurdo.
Nossas refeições e pernoites eram em pequenos abrigos que existiam no meio do deserto, no meio do nada. Eles são administrados por famílias que moram lá, o que é realmente impressionante se vocês conseguirem ter uma noção de que é uma casa há dias da civilização no meio do mais seco deserto. Nesses abrigos a temperatura chegava facilmente abaixo de zero. Quando saíamos de manhã era possível ver pequenos córregos em oásis congelados.
Na segunda noite já estávamos na cidade de Uyuni e no terceiro dia chegamos ao tão esperado Salar de Uyuni. E valeu cada minuto de viagem. É um visual que não existe igual. Pra conseguir imaginar, é como se fosse um deserto, a diferença é que em vez de areia, há sal. Quando chove, o sal fica úmido e se transforma em um grande espelho que reflete o céu e as montanhas nevadas em volta. Quando se olha para o horizonte é ímpossivel identificar o que é céu e o que é sal, tudo se mistura, a sensação é a de que se está voando, incrível.
Voltamos a Uyuni e pelo fim da tarde estávamos começando nossa viagem de volta a San Pedro. Não sem antes passar mais uma noite em abrigo.

Chegando em San Pedro Guilherme e Gui queriam ir direto à Santiago e eu, por motivos pessoais, queria passar mais uma noite na Cidade. Eu acabei ficando mesmo e eles foram. Passei o dia e a noite lá e no dia seguinte de manhã peguei meu ônibus para Calama, de conde pegaria outro para Santiago. Chegando em Calama, desci do ônibus no lugar errado e teria que cruzar toda a cidade para comprar minha passagem à Santiago. A minha sorte foi que um caminhão da prefeitura estava consertando alguma coisa alí no ponto de ônibus que eu tava e eu comecei a puxar papo com um dos caras do caminhão que me ofereceu carona. E eu aceitei, claro. Cheguei ao lugar certo e comprei minha passagem e na mesma hora parti para Santiago. Foi a melhor viagem de todas, serviram lanchinho, depois jantar, bem bom até. Na manhã seguinte cheguei à rodoviária de Santiago, o transporte público lá é perfeito, bem abrangente e totalmente integrado. Nesse terminal que eu desci por exemplo se encontravam linhas de metrô, trem, ônibus interprovincial e urbano. Peguei o metrô e em 10 min já estava no hostel, agora novamente junto do Guilherme e dos paulistas.

Mas Santiago é história para uma outra oportunidade. Nessa mesma hora, nesse mesmo canal.

Até

ps: realmente os detalhes se perderam muito até porque é mais difícil escever depois de tanto tempo. Mas enfim, aproveitem o que der aí.

Cañon del Colca e chegada ao Chile

Eaí,

Esses três dias que passaram renderam bastante. Logo que terminou o jogo ( Boca 2 x 3 River ) a gente foi dormir, na manhä seguinte sairíamos bem cedo pro passeio. Quase sempre eu acordo um pouco antes do Guilherme, e assim foi nessa manhä. Levantei e fui logo pro banho. O que eu näo percebi é que a água vazava do banheiro e escorria para o quarto, o Guilherme, dormindo, também näo via nada. Quando eu saí do chuveiro o quarto estava literalmente alagado. Era tanta água que vazava até o corredor do hostel. Chamei o doidäo que trabalhava lá pra mostrar o que tinha acontecido. Ele começou a puxar a água desesperadamente com uma vassoura e disse que eu ia ter que pagar todo o carpete do quarto. Começamos a discutir, eu disse que näo ia pagar nada e ele ficava insistindo, até que ele desistiu e foi embora. Um outro cara mais simpático e mais calmo apareceu depois pra ver o que tinha acontecido e disse que näo tinha problema, näo precisaríamos pagar. Já quando estávamos tomando café ele voltou e disse que a água vazou pro quarto de baixo e molhou as roupas da mulher, e me pediu o dinheiro da lavanderia. Eu deixei s/10 lá e fui embora.

Pegamos a van rumo a Chivay, cidade onde passaríamos a noite para, no dia seguinte bem cedo, irmos ao cañon. Durante a viagem de 4:30h fizemos várias paradas para conhecermos uns vulcöes, uns nevados, uns animais típicos lá e até a montanha que abriga a nascente do Rio Amazonas. Chegamos em Chivay, tivemos o almoço mais regado de toda a viagem. Era tipo "coma o que aguentar", deu pra aguentar 5 pratos. Um intervalo de 1:30 pra quem quisesse dormir ou caminhar pela cidade. Fizemos os dois. Depois disso nos juntamos novamente ao nosso grupo e fomos aos Baños Termales, säo piscinas artificiais com água natural de fontes térmicas das montanhas. A água sai das fontes por volta dos 80ºC e chega nas piscinas aos 40ºC, é bem quente. É bem estranho estar na água e ver as pessoas chegando na piscina cheias dos casacos, tocas e tal. Era tipo 10ºC fora da piscina e 40º dentro. Ficamos por lá umas 1:30h, voltamos ao hostel e tivemos mais 45 min de tempo livre até que a van voltasse pra nos pegar para o show de Peña, é um show de música e danças típicas, muito maneiro. A gente se separou do nosso grupo nessa hora porque só nós dois tínhamos direito a jantar grátis, o que foi muito bom porque o restaurante que fomos era mais humilde, mas tava bem mais animado. Comemos e bebemos de graça e ainda dançamos com a dançarina lá, muito engraçado. Eu dancei a dança do agricultor com mal de Parkinson, juro. Nessa dança eu dava umas rodopiadas lá com a mulher depois eu tinha que fingir comer uma maçä, deitar no chäo e começar a tremer enquanto a mulher tentava me acordar. Muito engraçado. Quando a gente tentou ir embora pro outro restaurante pra encontrar nosso grupo os dançarinos näo queriam nos deixar sair, começaram a pegar a gente jogar serpentina, confete na nossa cabeça. Chegamos lá cheios dos enfeites de carnaval, todo mundo olhando pra gente sem entender onde a gente tava. Ficamos nesse outro restaurante uns 20 min e voltamos pro hostel.

Acordamos às 5:00h com a mulher do hostel espancando nossa porta porque tínhamos que estar prontos às 5:30h pro café pra sairmos pontualmente às 6:00h pro cañon. Tudo certo, nenhuma inundaçäo. Tomamos nosso café e saímos. Ainda paramos em alguns lugares no caminho, como para ver tumbas de sacerdotes incas por exemplo, e às 8:30h estávamos no famoso Cañon del Colca. Uma trilha de 45 min pela beira do cañon, até o ponto mais alto, onde fica a Cruz del Condor. Näo é época boa pra se ver os condores, mas tivemos sorte e vimos quase uns 10. Säo realmente gigantes. Ficamos por lá mais 1:30h e voltamos à Chivay. Depois de mais um almoço "coma o que puder" a van nos levou de volta à Arequipa.

Fomos direto para a rodoviária comprar passagem para Tacna, última cidade peruana antes da fronteira. Compramos e ficamos mofando até a hora do ônibus. Sem problema. Entramos no ônibus, tinha até bolinho e refrigerante de cortesia, show. Depois de 6h de viagem chegamos à Tacna por volta de 12:30h. Aí que foi o perrengue. O primeiro ônibus pra Arica, primeira cidade chile após a fronteira, só saía às 4:00h da manhä. A soluçäo foi dormir na rodoviária mesmo. Às 4:00h fomos atrás do tal ônibus e quando o vimos, rapidamente desistimos de pegá-lo. Optamos, entäo, pelos Auto Colectivos que säo carros particulares que fazem transporte de passageiros até Arica. Foi bem melhor até, o carro andava bem e chegamos muito antes do que o ônibus. O problema é que a fronteira entre Peru e Chile é uma fronteira de verdade, com controle e só abre às 6:00h da manhä. Esperamos no carro até a fronteira abrir enquanto preenchiamos os formulários. Tive que jogar minhas folhas de coca fora porque a fiscalizaçäo é sinistra, raio x, revista, cachorro cheirando... Passamos da fronteira e em mais 15 minutos estávamos em Arica.

Assim que descemos do carro fomos tirar dinheiro chileno e comprar nossas passagens até Calama para hoje a noite. Nos jogamos num hostel pé sujo aqui ao lado da rodoviária mesmo e capotamos. Umas 3:00h acordamos e fomos às praias de Arica - uma cidade bem bonita e organizada, já dando uma noçäo da diferença entre o Chile e os países que estivemos antes -, finalmente um pouco de sol e calor. As praias säo maneiras até mas näo chegam perto das do Rio. Ficamos uns 2h em uma das praias ( El Chaulon eu acho que era o nome ) e voltamos. Agora vamos marcar um tempinho aqui, jantar em algum lugar e seguir para Calama, de onde vamos direto para San Pedro de Atacama.

Acho que é isso.

Até a próxima,

André e Guilherme.

Em Arequipa

Opa,

Ontem a noite jantamos os três ( eu, Guilherme e Fabrício ) em um restaurante humilde na Sta. Catalina, pegamos nossas mochilas que estavam guardados no hostel e fomos para a rodoviária quase que entalados dentro de um taxi "Tico", é um modelo de carro menor que um Fiat Uno e faz o maior sucesso entre os taxistas cusqueños. Três passageiros mais três mochilöes dentro daquele carro minúsculo, mas chegando à rodoviária conseguimos sair.

Já estava quase na hora do nosso ônibus que saía às 20:30, nos despedimos de Frabrício, que ía para La Paz e embarcamos. A paisagem se mostrou maravilhosa quando o dia amanheceu, deserto pra tudo que era lado e três montanhas nevadas ao fundo. Foram 10:30h do maior frio que vivi na minha vida, apesar de vestir 3 casacos, a calça jeans de nada adiantava perto dos quase 0ºC e o frio se aproveitava, quase que congelando as pernas.

Chegamos à Arequipa e logo tratamos de arrumar um táxi para achar um hostel. O que pretendíamos nos hospedar näo tinha mais vagas, entäo fomos na do taxista que nos recomendou o que estamos agora, bem bom até. Dormimos um pouco e lá pela hora do almoço acordamos. Demos uma volta para conhecer a cidade - bem interessante - e fomos almoçar em um restaurante chinês. Depois eu quis provar o famoso iogurte arequipeño, é a grande iguaria da cidade ao lado dos mais diversos tipos de doces. Os peruanos esculacham nos doces. O iogurte era muito bom, depois passamos em uma doceria para comer uns doces, também excelentes.

Empanturrados, fomos comprar nosso passeio de 2 dias e 1 noite pelo Cañon del Colca, uma das maiores atraçöes das américas e lar dos gigantes condores de 3 metros de envergadura. Saímos amanhä às 7:00 e voltamos à Arequipa terça a noite quando já pretendemos seguir para Tacna, para entäo atravessar a fronteira rumo ao Chile.

Agora eu vou sair aqui porque tá rolando Boca x River na tv e o bagulho tá doido, geral na salinha do hostel vidrado no jogo.

Fui,

André e Guilherme

PS: Tá rolando uma greve de fome porque prenderam uns vagabundos aqui. Tava tendo uma manifestaçäo na Plaza de Armas com umas tiazinhas ameaçando näo comer até morrer, bem engraçado.

E aí galera,

Ontem foi o dia do täo esperado jogo do Cienciano. A cidade inteira se mobilizou pro jogo, muitos vestidos com a camisa do clube, fogos e concentraçäo na praça desde cedo. Fomos buscar nosso amigo e fomos ao estádio, uma fila gigantesca nos esperava. Depois de uns 20 minutos na fila finalmente entramos, quase que ao mesmo tempo a chuva começava a cair. Todo mundo no estádio vestindo ponchos, ficava tudo colorido. O estádio näo é muito grande mas deu pra fazer uma festa bonita apesar da forte chuva. No final das contas o Cienciano ganhou por 1 a 0, o que näo foi täo bom já que agora vem a partida de volta lá em Montevidéu. Demos uma carona pro nosso amigo até a casa dele e voltamos pro hostel já semi-congelados, eu ainda fiquei conversando um pouco com o Fabrício enquanto o Guilherme já dormia.

Hoje acordamos, arrumamos nossas mochilas, deixamos no depósito do hostel, fizemos nosso check out e fomos pra rua. Compramos nossas passagens pra Arequipa para hoje às 20:30. Fizemos mais umas coisas que tínhamos que fazer por aqui, eu mandei uns postais e uns documentos pro Rio, almoçamos e fomos comprar uns balöes para enxer de água e tacar nos outros na rua. É um costume de carnaval aqui, sair tacando isso nos outros. Neguinho näo perdoa, é muito engraçado. Agora a gente näo tem mais nada pra fazer, a cidade já tá esvaziando porque Machupicchu näo funciona em fevereiro. Vamos matar mais um pouco de tempo aqui na internet, jantar e seguir para Arequipa. O próximo post já será de lá. Cusco vai deixar muitas saudades.

Hasta luego,

André e Guilherme


PS: Prometi que ia dizer o nome da empresa do Quatrimotos aqui. É a Cusco Motors, fica na Calle Plateros, uma rua que sobe da Plaza de Armas. Vale muito a pena, menor preço e melhor serviço. E tá aí uma foto também

Morando em Cusco..

Eaí amiguinhos de blog,

Dois dias muito movimentados esses últimos. Depois de escrever no blog, tomamos banho e fomos até a Plaza de Armas, encontrar nosso amigo Fabrício (näo sei se já falei dele, é um cara de Floripa que já havíamos encontrado na estaçäo de trem e encontramos de novo no supermercado - sim, em cusco existe isso - na terça) e começamos a rodar pelas boates daqui de Cusco, o circuito começou na Up Town, onde tinha bastante brasileiro, depois fomos para a Mithology, também tava bem maneira, seguimos pra Extrem que tava beeem vazia e quando encheu só deu argentino e depois fomos pra Mama África que ainda tava fraca também, por ser a mais badalada ficaria melhor só mais tarde. Em todas essas rolaram free drinks pra nós três. Brasileiro aqui é praga, se chega na boate e em pouco tempo forma-se uma roda só de brasileiros, e depois que o grupo se forma fica junto até o fim da noite. Ficamos nós três, mais dois paulistas, umas duas paulistas e mais um peruano que morou 2 anos em Curitiba. Ah, e as mineiras também, que por sinal eram muito doidas, subiam no balcäo pra dançar. Muito engraçadas. Bebi uns quatrou ou cinco drinks de graça, depois eu e Guilherme tomamos uma Qusqueña (cerveja local) e tava bom já. No final das contas Mama África, Up Town e Mithology foram bem maneiras e a Extrem, uma bosta. O foda é que as músicas argentinas que tocam säo musiquinhas de night mesmo e tal, agora música brasileira é só axé estilo "Olha a onda, olha a onda" e Latino. Apesar disso dá pra se divertir e se empolgar bastante. Chegamos no hostel umas 6 da manhä e chapamos de cara.

Depois de curtas 2h de sono levantamos para começar a aventura do dia, o rafting. Mais ou menos 1:30h de van até o acampamento Mayuc às margens do Rio Urubamba - entre os 25 melhores rios para a prática do esporte - no distrito de Cusipata, ainda Cusco. De lá, 2h de descida em um bote de 7 pessoas por umas corredeiras muito iradas. Muito foda mesmo, valeu cada dollar. Daí a van nos levou de volta ao acampamento onde havia sauna, uma piscininha quente e o esperado almoço, que teria sido melhor aproveitado se também estivesse quente. Todos os guias muito gente fina, tudo muito bom. De volta ao hostel umas 19h chapamos de novo e näo acordamos nem com o Fabrício batendo na porta do nosso quarto, perdemos a noite e só acordamos no dia seguinte.

Já quinta-feira acordei umas 8h, saí sozinho pois o Guilherme ainda dormia, dei um rolé pela praça, tomei meu café (enquanto eu tomava café várias pessoas já almoçavam, muito estranho, a garçonete que explicou que aqui as pessoas tem costume de almoçar pela manhä ao invés de tomar café, depois almoçam de novo no horário normal), comprei uns postais aqui e fui buscar o cd das fotos do rafting. No caminho vários anúncios de trilhas de quadriciclos off-road por uma montanha na zona sul de Cusco, me pareceu bastante interessante. Voltando ao hostel convenci o Guilherme da idéia e saímos para comprar nossos ingressos pro jogo do Cienciano amanhä e pesquisar preços da trilha pelas ruas. Depois de encontrarmos uma proposta bastante atraente fomos almoçar e pelas 14h saímos rumo ao pé da montanha. Lá pegamos nossos Quatrimotos - como chamam por aqui - e subimos o morro, uma trilha de 1:30h pra subir até o topo e mais 1:30 até descermos. Mais foda do que essa trilha näo vimos nada até agora, muito irado. O bagulho anda demais, muita emoçäo, muita lama e mais uma sessäo de lavanderia. De volta ao centro de Cusco fomos rapidamente comprar mais um ingresso pro jogo e o demos ao nosso guia nessa trilha. O cara é muito gente fina, tratou a gente muito bem. Vamos juntos amanhä pro estádio (Estádio Garcilaso) no lugar mais fudido, a zona norte onde, ficam as barras - torcidas organizadas por aqui. Mais tarde encontramos novamente o Fabrício e jantamos pelo hostel mesmo, agora vamos voltar lá chamar ele e fazer o circuito das nightzinhas de novo. Mas a cabeça já tá no jogo de amanhä, vai dar Cienciano fácil, até compramos camisas do time pra entrar de vez no espiríto.

Devemos ir embora sexta-feira depois do jogo. Vamos para Arequipa já rumo à fronteira com o Chile. A vontade de ficar por aqui é grande, a cidade é muito foda mesmo. Mas o show tem que continuar.

Para quem estiver lendo aqui e por acaso for passar por Cusco, recomendamos o rafting pela empresa Mayuc na Plaza de Armas e a trilha de Quatrimotos que näo lembro agora o nome da agência, mas vou deixar por aqui amanhä com uma foto talvez também. As duas empresas foram perfeitas e têm os melhores preços disparados.

É isso por enquanto.

Até,

André e Guilherme

De volta de Machupicchu

Hola,

Depois que postamos pela última vez aconteceu uma parada bem chata. Voltamos ao hostel e nos deparamos com o quarto todo arrumado, o que seria muito bom se näo tivessemos pedido claramente para que näo mexessem no nosso quarto. Tudo meu estava em ordem, apenas em locais diferentes, uma merda, tava tudo täo arrumado que eu näo achava mais nada. Mais a merda maior foi com o Guilherme, sumiu do fundo na mochila dele uma carteira com US$110. A gente tem certeza absoluta que a carteira estava lá e desconfiamos de um doidäo muito escrotoque trabalhava no hostel, talvez näo por coincidencia, foi ele quem arrumou nosso quarto. Näo podemos fazer muito agora, o Guilherme tá falando com o pai dele nesse instante e talvez demos um pulo numa delegacia turística aqui pra dar uma queixa contra o hostel.

Tentamos esquecer isso e fomos dormir. Acordamos bem cedo no dia seguinte, saímos do hostel com nossa mochila nas costas e embarcamos na nossa excursäo pelo Valle Sagrado, é meio que um complexo de ruínas incas em um vale entre as montanhas da Cordilheira dos Andes. Näo é täo perto de Cusco. Depois de mais de uma hora de viagem fizemos a primeira parada, nas Ruínas de Pisac. Maneiro até, pra dizer a verdade eu nem lembro muito bem o que tinha lá, é tudo pedra em cima de pedra, uma trilha bem sinistra pra chegar até o topo. Umas pessoas do nosso grupo reclamaram que a guia ia muito rápido, ela simplesmente respondeu: "Se näo consegue acompanhar, fica no ônibus". Simpática ela. Depois de acabar o tour por Pisac fomos para Ollantaytambo, mesma coisa, pedra pra lá, pedra pra cá. Umas rochas sagradas que pra mim mais pareciam simples pedras largadas. Na hora de sair de Ollantay rumo à cidade de Chincheros nos separamos do nosso grupo e ficamos com um casal que conhecemos matando o tempo em um bar até a hora do nosso trem. Pegamos nosso trem e em 1:30h de uma viagem muito agradável, estávamos em Águas Calientes. Uma cidade bem maneira, bem pequena, mas totalmente voltada ao turimos, só mochileiros. Já eram 22h, tratamos de arrumar um pé sujo pra dormir o pouco que nos restava.

Logo as 4:30 da manhä acordamos para pegar o primeiro ônibus para Machupicchu - uma facada de US$12, subida e descida. Ainda escuro começamos a subida, em pouco menos de 1h estávamos já na entrada de Machu - mais uma facada de s/61 (soles) pra entrar. Eu já näo aguentava mais ver pedra, mas nenhuma das ruínas que havíamos visitado se compara com o que se vê em Machu. É realmente impressionante. Parece que se está dentro de uma partida de Age of Empires, é igualzinho.

Demos uma volta rápida pelas ruínas e fomos logo para a verdadeira aventura, a trilha à Waynapicchu (esse pico mais alto na foto de Machu). Pouco menos de 1h de trilha totalmente íngreme, é uma trilha bem díficil de se completar. Mais depois que se chega ao pico mais alto do complexo de Machupicchu percebe-se que cada gota de suor valeu a pena. Quando chegamos lá estava bem nublado o que näo nos permitia ter a vista mais privilegiada de Machu. Mas depois de tanto esforço näo sairíamos dali antes da neblina. Todos que subiram pensavam da mesma forma e logo conhecemo um grupo de mineiras muito gente fina - que por sinal estäo no mesmo hostel que a gente agora - que nos ajudou a matar o tempo. A neblina saiu e a vista apareceu, absurdo. Muito foda mesmo. Tiramos fotos, ficamos mais um tempo por lá conversando e resolvemos descer. Antes de voltar à Machupicchu, ainda, subimos outro pico, mais 15 minutos de trilha até Huchuypicchu (na foto de Machu, o pico mais baixo na parte da esquerda) - mais baixo do que Wayna porém mais próximo das ruínas, o que propiciava uma vista igualmente absurda. Finalmente voltamos a Machu, encontramos novamente as mineiras e mais um grupo de cariocas que já havíamos conhecido em Chacaltaya, ainda na Bolívia. Demos mais uma boa caminhada pelas ruínas e resolvemos deitar pra dar uma dormida numa pedra, que pra gente era só uma pedra. Mas devia ser alguma pedra boladona porque um dos guias locais começou a gritar e tivemos que sair dali. Ficamos mais um tempo à toa por lá, fomos mexer com as Llamas e Alpacas que haviam por lá e voltamos para Águas Calientes, onde ficamos até as 18h, quando partia nosso trem. Chegamos a Ollantaytambo 7:30h e tivemos que correr alucinadamente pra conseguir voltar à Cusco ainda nesse dia.

Chegamos em Cusco e logo fomos procurar o hostel que as mineiras nos indicaram. Depois de uma noite de sono mais que merecida ficamos na rua de bobeira até agora, só o que a gente faz aqui é ficar de bobeira na rua e comer direto. Eu já almocei duas vezes e já comi dois doces bolados aqui e daqui a pouco vamos comer uma pizza. Mais tarde vamos à Mama África. O bom daqui é que todas as nightzinhas näo cobram a entrada, só paga o que consumir. E melhor que isso, a maioria das boatezinhas däo free drinks pra tentar te conquistar. E nisso a gente vai bebendo de graça de uma em uma até voltar pra Mama África.

É isso. Etapa Machupicchu concluída.

Agora a gente pretender assistir um jogo do Cienciano (clube local) que joga pela pré libertadores quinta feira agora contra Montevideo Wanderers do Uruguai, sexta devemos deixar Cusco, a cidade que mais nos agradou e divertiu até agora.

O bagulho das fotos é complicado porque se perde muito tempo pra fazer o upload, e o tempo por aqui vale ouro. Quando tivermos realmente sem muito pra fazer eu prometo que coloco umas fotos, por enquanto eu já botei algumas poucas no meu orkut (http://www.orkut.com/Album.aspx?uid=12414296302804754646&aid=1199987242).

E um recado pro nosso amigo Nanaum.
Porra muleque, também queríamos muito que você tivesse aqui, a viagem tá sendo foda mas com certeza se você tivesse com a gente estaria sendo ainda mais irado. Mas muitas outras oportunidades viräo para viajarmos. Você está presente em espírito aqui com a gente.

Até,

André e Guilherme

ps: Comprei um cinto boliviano e minha calça näo tá mais caindo. Show.

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